Avaliar é sempre um desafio para o(a) professor(a). Afinal, a que se prestam às avaliações? A classificar os alunos em "bons" e "maus"? A condená-los à estigmatizações e rotulações? A possibilitar-lhes o acesso aos melhores cursos nas universidades mais concorridas ou, pelo contrário, condená-los prematuramente ao "fracasso" escolar e mesmo profissional? Ou a instituir uma política de "terror" e disciplinamento em sala de aula? 

Os resultados dessas práticas tão arraigadas entre nós são já bastante conhecidos: os alunos, particularmente os adolescentes, aprendem rapidamente que na escola o que importa é estudar para "passar". Se não há prova, para que aprender?

Este curso intenta trabalhar formas alternativas de avaliação, o que implica repensar o próprio sentido da escola. De fato esta é uma questão que todo(a) professor(a) deveria se fazer: qual o sentido da escola? Qual o sentido da disciplina que eu leciono? Que tipo de aluno eu pretendo contribuir para formar? Ao pensar a respeito a questão da avaliação também se coloca inevitavelmente: para que avaliar?